quarta-feira, 12 de abril de 2017

Reino de Hades

Letárgico olhar citadino;
sudoríparas águas do Tejo.
Fundem-se Tágides e humanos
sem pudor, no calor do inferno.
Corpos e ninfas, mortais mitológicos
que no fulgor da carne humana,
derretem vorazmente e à viva chama
o primórdio cântico de Camões
em "fúria grande e sonorosa",
numa cama condenada ao deserto.

Depois do fogo, só as cinzas.
E o incerto.

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